domingo, 26 de junho de 2016

Há o bem e o mal. 
Há dois lados antagônicos do ser humano que, ironicamente, por diversas vezes se confundem.
Aliás, apesar de os termos aqui dentro, a definição dos mesmos vai além da nossa auto avaliação. O bem e o mal são determinados pelo tempo.
O tempo e as coisas que ele traz podem alterar drasticamente os significados. O bem e o mal são fluidos, quase líquidos. Em alguns momentos, se solidificam. "Isto é um horror, ele deveria ser preso". Em outros, viram gás. "Lei legaliza uso de maconha". 
Poucas coisas nesse mundo louco são definitivas. Se é que há alguma coisa de fato definitiva. Mas o bem e o mal... o bem e o mal são tão abstratos, mas muitas vezes cremos tanto neles, que se torna duro transitar entre os dois. 

Nos pautamos em verdades. Nos pautamos em definições, em alicerces, em crenças, na fé. "Não creio em nada, não tenho fé em nada." Mas isto é o que eu penso. O que eu faço é bem diferente. Não há vida se não há crenças, se não há fé. Não importa no quê.
Só que cremos e temos fé em verdades inquestionáveis. Cremos no bem, temos fé na derrota do mal.
Só esquecemos que eles não são constantes. Temos que flexibilizar nossa crença e nossa fé. De outra forma, nos tornamos conservadores.
O conservadorismo é negação. É se negar a enxergar que as coisas mudam e que isso é completamente normal e saudável. É se negar a abandonar o passado, a reciclar o pensamento. 

É essencial se libertar das amarras que nos prendem em nós mesmos. E presos em nós mesmos, se aproximar do outro é improvável. Mas não há vida, também, sem o outro. Nos tornamos humanos quando nos comunicamos. 

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