quinta-feira, 30 de junho de 2011

e eu continuo sorrindo.
nunca vou parar de sorrir, apesar de todos os problemas, todas as cicatrizes que são deixadas em meu corpo dia após dia.
não vale a pena esquecer ou deixar passar as coisas boas, só pelo fato de já ter havido uma ruim.
se pensássemos e agíssemos desse jeito, nunca iríamos pra frente e nunca seríamos felizes.
a diferença é que, depois de muitas marcas, muitos problemas, sorrir dói.
a coisa mais bonita e sincera e gostosa, machuca para ser feita.
e machuca porque, depois de muito cair, muito chorar, muito sofrer, machuca alterar completamente seu estado de espírito que já está acostumado com a falta de movimentação dos lábios e a grande quantidade de gelo no coração.
só que, ao mesmo tempo que dói, conforta.
conforta perceber que você ainda é capaz de sorrir, e que, por uma fração de segundo, o gelo do seu coração derrete e você é capaz de movimentar os lábios, em um movimento sutil.
mas não se engane nunca: nem todo sorriso indica felicidade.
porque o gelo se derreter por um segundo, não significa que não voltará a tomar conta do peito.
mas, continuar sorrindo, mesmo com toda a dor do mundo, é sempre o melhor a se fazer.
quanto mais se sorri, mais vezes o gelo se derrete, mais vezes você se sente confortável, mais vezes você se sente aliviado.
e uma hora, depois de muito sorrir, você percebe que ficar triste não é uma boa sensação, e começa a prestar atenção nos pequenos detalhes que te fazem feliz, para sorrir sempre que possível.
e o clichê vira verdade: um dia sem sorrisos, é um dia perdido.
porque até o sorriso mais dolorido de todos, indica que no meio de tanta coisa ruim, ainda há alguma pequena grande coisa boa.