sábado, 16 de janeiro de 2010

De vidro.

A vida é uma coisa tão frágil, não? Em uma fração de segundos, tudo pode acabar.
E com o fim da vida, se vão os sonhos, conquistas, segredos, pensamentos, sentimentos.
E o pior de tudo é saber que não há volta, que simplesmente acabou.
E que nenhuma vontade do mundo, nem um amor, pode trazer de volta a vida de alguém.
A morte é a pior coisa existente.
A morte é a maior dor existente.
A morte é o maior desperdício existente.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Marcas de um amor sem fim.

Já é de manhã. Me encontro nua, sentada de frente à janela de nosso quarto, enrolada no cobertor que você deixou para mim pouco antes de descer para preparar o café.
Hoje acordei sentindo tudo muito intensamente, com olhos extremamente observadores e sensíveis.
Olho para a luz do Sol, mas ela já não é o suficiente. Mudo o foco, olho à minha volta, nosso quarto, nossa cama, nossas marcas, marcas de um amor sem fim, um amor saudável, um amor incrível.
Olho nosso porta-retrato e fico imaginando se há alguém nesse mundo, que seja mais feliz que nós dois, ou que saiba fingir e se adaptar melhor.
Olho para o travesseiro, vejo o cheiro do suor do nosso amor, vejo fios de cabelo misturados, como que querendo se entrelaçar e fazer parte de tudo isso.
O vento bate em meu rosto e lembro de seus suspiros.
Ah! É melhor eu descer, você está me chamando.