quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

A gente espera muita coisa da vida. A gente marca coisas, faz planos, paga com antecedência, brinca constantemente de previsão de futuro.
Nos permit[im]os muito pouco a experiência da surpresa, dos atos sem roteiro, de não estar sobre o controle de tudo.
Mas devemos deixar a vida correr seu curso natural, com a mín[im]a interferência dessa mania de previsibilidade, pois algumas [im]previsibilidades podem mostrar que a vida é muito mais que os planos que traçamos para ela.
Ela é um fluxo ininterrupto, contínuo, fluido e surpreendente de acontec[im]entos. Ora tristes, ora felizes.
Como o espectro de um [im]proviso de guitarra, ela tem seus altos e baixos, que se delineiam ao bel prazer do músico, que sabe, no fundo da alma, o que cabe ao som.
A vida sabe o que cabe a nós. E reserva notas e acordes incríveis. Mas devemos estar de ouvidos atentos para gravá-los e, mais do que isso, dançarmos ao som dessas deliciosas [IM]presivibilidades.
Deixemos a vida soar como um free jazz, longe das amarras teóricas, sem regras, com a ansiedade de saber que o que está por vir é único.

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